segunda-feira, junho 21

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Exala poesia, tua cara

Queima com o cerne da verdade

Sofre, corta, esmaga.

Mutila sua alma que me ergue: crueldade

Você lá, eu aqui, e nós?

Onde está, que não o vi

Mais passar,

onde mora, agora

Em que lugar?

Em que esquina não te vi virar?

Em que bueiro te deixei escoar?

Com que soluço agora vou chorar?

O amor tem dessas coisas e

Assim, como saber?

Se te amo mais do que não te amo

Se te quero mais do que posso querer?

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